quinta-feira, 26 de junho de 2008

Notícia DN: "Portugal gasta 1,5 milhões por ano no combate ao 'doping' "

Notícia DN: DN_ONLINE "Portugal gasta 1,5 milhões por ano no combate ao 'doping' "

Os casos de doping diminuíram em 2007 relativamente ao ano anterior. O Conselho Nacional de Antidopagem (CNAD) teve 44 controlos positivos, menos oito, com o futebol a ser o desporto com maior incidência: 11. As situações totais correspondem a 1,18% das 3715 amostras recolhidas, contra o 1,49% de 2006.

Laurentino Dias, secretário de Estado da Juventude e Desporto considera que se está "num bom caminho", sendo da opinião que a diminuição dos números é sinónimo que os atletas estão a "cuidar mais da sua saúde, a proteger-se e solicitar pedidos de utilização terapêutica, cujo número também aumentou".

"Os números são bons e claros. Significam que o Laboratório [Nacional de Antidopagem - LAD] cumpriu a sua missão em 2007, acentuando a sua presença onde era necessária", salientou.

O futebol foi a modalidade que registou mais casos positivos. Porém, é o boxe que tem a percentagem mais negativa, isto é, em 44 amostras recolhidas cinco foram positivas, o que corresponde a 11,36%. No caso do futebol, surgiram 11 casos em 1130 amostras: 0,97%. Sete das situações ocorreram na III Divisão, três na Taça de Portugal em equipas de escalões inferiores e uma nos juniores.

A exemplo do boxe, o ciclismo também teve cinco controlos positivos (em 390 amostras) e o golfe (82). Com um surgem modalidades como o bridge (em cinco amostras), actividades subaquáticas (nove), xadrez (dez) e pesca desportiva (14).

Porém, estas contas não são finais, pois segundo Luís Horta, presidente do LAD, o número de casos positivos pode aumentar, uma vez que dez amostras de sangue de ciclistas que participaram na Volta a Portugal estão a ser analisadas no Laboratório de Lausanne, na Suíça.

Quanto ao tipo de substâncias proibidas mais detectadas, verificou-se uma subida na utilização de canabinóides e de agentes anabolizantes, tendo os beta-bloqueantes e os diuréticos/mascarantes diminuído.

Volta a Portugal preocupa

O ingresso em equipas portuguesas de ciclistas espanhóis cujo nome esteve envolvido no escândalo de doping conhecido por Operação Puerto, preocupa Luís Horta.

O presidente do LAD realçou que o CNAD vai ter "mais trabalho" na Volta a Portugal, mas manterá a "mesma atenção que teve no ano passado" na competição mais importante do ciclismo português. "É uma modalidade muito problemática", acrescentou, confessando que "preferia que não corressem cá".

Também Laurentino Dias mostrou-se incomodado, não com a presença dos ciclistas espanhóis na Volta a Portugal, mas por continuarem sob suspeita. "É urgente clarificar se os atletas estão ou não limpos", afirmou. | - com Lusa

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