quinta-feira, 26 de junho de 2008

Notícia DN: Portugal denuncia laboratório que produzia hormona de crescimento

Notícia DN: DN_ONLINE Portugal denuncia laboratório que produzia hormona de crescimento

Um laboratório chinês, que se ocupava exclusivamente da produção de hormona de crescimento humana (HGH) e a comercializava ilegalmente para todo o mundo, foi desmantelado recentemente depois de uma denúncia portuguesa. A revelação foi feita pelo director do Laboratório de Análises de Dopagem (LAD), Luís Horta, em entrevista à Lusa.

"Foi um amigo meu que descobriu esse site. Eu comuniquei a situação à AMA, que, em cooperação com a DEA [a agência norte-americana de combate ao tráfico de droga], desmantelou este laboratório", disse Luís Horta, acrescentando que o laboratório era gerido por um reputado cientista chinês, autor de uma "brilhante" tese de mestrado sobre a referida hormona.

O director do LAD diz-se preocupado com o aumento do consumo de drogas sociais e de suplementos alimentares em Portugal e defende a criminalização do tráfico e posse de substâncias dopantes. Algo que, aliás, está previsto na nova lei contra o doping, a qual está a ser estudada no Conselho Nacional do Desporto, que reúne segunda-feira.

Luís Horta revelou algumas informações recolhidas no âmbito de reuniões com a Interpol e a Europol, nas quais recolheu informações "alarmantes". "O valor em euros do tráfico ilícito de substâncias dopantes, principalmente esteróides anabolizantes e hormona de crescimento, é superior ao de tráfico de drogas sociais: heroína, cocaína e canábis, etc", conta o director do LAD. "Como atingimos estas proporções? Porque em muitos países o tráfico e a posse destas substâncias ainda não é criminalizado".

Alguns países consideram Portugal um "santuário do doping" - por, alegadamente, a aquisição de esteróides ser mais fácil -, mas Luís Horta recusa a ideia. "A Interpol conhece o que se passa a nível do tráfico. O nosso país nunca foi indicado [como local] onde se venda ou por ser onde passam redes de tráfico de substâncias. Estas chegavam ao nosso país através de vendas em Espanha", explica o dirigente. |- S.F.

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